“Se o corretor de imóveis não fizer poupança e pensar em longo e médio prazos, ele com certeza retornará para sua profissão de origem e irá abandonar o mercado.”
Nos últimos cinco anos, quase 5 mil corretores de imóveis desistiram da profissão no Distrito Federal, segundo o Sindicato de Habitação do DF (Secovi). Fatores como inflação, desemprego, juros altos e restrição no crédito causaram a retração no mercado imobiliário e uma desaceleração no consumo, o que provocou a saída dos profissionais.
Segundo o vice-presidente do Secovi, Ovídio Maia, há 25 mil profissionais registrados no conselho da categoria, mas somente 10 mil estão na ativa. Nos “tempos áureos” do mercado, em 2010, havia 15 mil ativos, diz. “Se o corretor de imóveis não fizer poupança e pensar em longo e médio prazos, ele com certeza retornará para sua profissão de origem e irá abandonar o mercado.”
O agora servidor público Edvaldo Carvalho era corretor de imóveis até 2013, quando terminou o auge das vendas de imóveis no Brasil. “Era melhor ter salário fixo do que ter um sonho de ganhar dez vezes mais com aquela instabilidade.”
Será?
Os corretores de imóveis do DF dizem que as vendas começaram a melhorar após a decisão da Caixa Econômica Federal de dobrar o valor do financiamento de imóveis no país. O banco estatal vai subsidiar a compra de imóveis de até R$ 3 milhões e pode emprestar até 80% do valor aos compradores.
Presidente da Associação Brasileira de Mercado Imobiliário (Abmi), Pedro Fernandes diz que haverá maior movimentação no setor após o governo federal liberar R$ 10 bilhões em linha de crédito para novas construções.
“Vai movimentar toda a cadeia da construção civil e retomar o volume de construções, que ficou limitado pela questão do crédito. Essa medida vai fazer muito bem para o mercado imobiliário e principalmente para quem quer comprar um imóvel.”
Fonte: G1