Mauá (pronuncia - se AFI: [ma'wa]) é um município do estado de São Paulo, da Região Metropolitana de São Paulo, pertencente à região do ABC Paulista.
A densidade demográfica é de 6.463,7 hab/km². Porém, a densidade urbana é bem maior, já que um terço do município é área industrial e 10% pertence à área rural e ao Parque Estadual da Serra do Mar. É o 20° município do estado em PIB e o 10º em população, com 448.776 habitantes.
Mauá está entre as 50 cidades mais populosas de todo o Brasil, na posição 48ª.
Na criação do distrito de Mauá, durante o processo de emancipação, o nome "Mauá" passou a designar a estação local e o povoado que surgiu ao seu redor em substituição ao antigo "Pilar", que fazia referência ao Caminho do Pilar (antigo nome da Avenida Barão de Mauá), que ligava a vila de São Bernardo à Igreja do Pilar.
No Século XVIII, a região era conhecida como Cassaquera, um nome indígena que significa "Cercados Velhos" ou "Cercado dos Velhos". Mais tarde, a antiga Trilha dos Tupiniquins tornou-se o Caminho do Pilar, uma vez que levava até a Capela Nossa Senhora do Pilar, fundada em 1714, localizada onde hoje fica Ribeirão Pires. Do nome da estrada, surgiu a nova denominação local: Pilar.[8]
Apesar de haver alguns moradores na região, só houve progresso local relevante a partir da construção, por parte da São Paulo Railway, da Ferrovia Santos-Jundiaí, a qual foi inaugurada em 1867. Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, mais tarde elevado a Visconde de Mauá, grande empreendedor no comando desse projeto ferroviário, que chegou a ter grandes propriedades na região, adquirindo a Fazenda Bocaina do capitão João José Barboza Ortiz. O crescimento da agora Vila do Pilar levou a São Paulo Railway a inaugurar a estação de trem Pilar em 1º de abril de 1883.[9] Um núcleo populacional surgiu e cresceu em volta da estação pelas décadas seguintes.
Em 1926, a estação ferroviária teve o nome alterado para Mauá em homenagem ao ilustre empreendedor e construtor da ferrovia. Assim, o então bairro de Pilar, pertencente ao município de São Bernardo do Campo, foi mudado pra Mauá. Com o Decreto-lei Estadual nº 6 780, de 18 de outubro de 1934, Mauá foi elevada a distrito, ainda pertencente a São Bernardo.[10] Com o Decreto-lei Estadual nº 9775, de 30 de novembro de 1938, foi recriado o município de Santo André, passando o distrito de Mauá a pertencer ao novo município.[11]
O distrito cresceu, mas boa parte da população considerava o local quase abandonado pela Prefeitura de Santo André. Surgiu, assim, a partir de 1943, o Movimento Emancipacionista, liderado por Egmont Fink[12] . Em 22 de novembro de 1953, foi realizado um plebiscito com os moradores locais para que eles escolhessem pela emancipação local ou não. A maioria votou a favor, e a Lei Estadual nº 2 456, de 30 de dezembro de 1953, decretou a emancipação e surgimento do Município de Mauá.[13] A instalação de fato do novo município e administração autônoma se deu a partir de 1º de janeiro de 1954.[14] Os vereadores, no entanto, decidiram, por votação na Câmara Municipal, que a Data Magna da cidade seria 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, padroeira da cidade, e Dia da Justiça.
Algumas empresas com sede ou filial no município de Mauá são: Foz do Brasil (comercialização de água e tratamento de esgoto), Dixie Toga (filmes em alumínio), Grecco Transportes (logística), CGE (metalúrgica), Petrobrás (refino de petróleo, nitrogenados e gás de cozinha), Ultragaz (gás de cozinha), Bandeirante Química (derivados de petróleo), Saint-Gobain (vidros para construção civil e linha automotiva), Liquigás (gás de cozinha), Copagaz (gás de cozinha), Polibrasil (polietileno), Vitopel (resinas petrolíferas para fabricação de papel e celulose), Chevron-Oronite (derivados de petróleo), Oxiteno-Ultra (gases derivados de petróleo exceto GNV), Firestone (pneus), Akzo Nobel-Tintas Coral (pigmentos), Lipos (parafusos), Magneti Marelli (antiga Cofap) (metalurgia e peças automotivas), Polimetri (estampados e metalurgia) Tupy (metalurgia), ALMAN (metalúrgica em alumínio), Multibrás-Brastemp (componentes para eletrodomésticos), Líder Brinquedos, Lara Ambiental (coleta e logística de resíduos sólidos), Goodyear Gatorback (borrachas para maquinário pesado e caminhões), entre outras.
Servida pelos trens da linha 10 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, com as estações:
Estação Capuava;
Estação Mauá;
Estação Guapituba;
Viário
O sistema viário mauaense conta com ônibus municipais em um único lote (1- Suzantur) e intermunicipais geridos pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo.
O município localiza-se a 818 metros acima do nível do mar, no limite entre a serra do mar e o planalto. Em decorrência disso o clima da cidade é considerado subtropical, com temperatura média durante o ano em torno dos 18°C, raramente ultrapassando os 30°C no verão. No inverno a média é de 9 a 14°C.
Relevo
A paisagem mauaense é dominada pela formação de morros e picos íngremes, típicos da Serra do Mar e por profundos vales alagadiços, hoje na grande maioria aterrados e ocupados de forma desordenada, o quê justifica a alta incidência de enchentes. Somente a região do vale do Rio Tamanduateí no bairro Capuava é tipicamente plana. Relatos históricos descrevem o local como sendo onde os primeiros bandeirantes, vindos de São Vicente avistaram o planalto paulista e deram á região o nome de Borda do Campo, por fazer transição entre a Serra do Mar e o Planalto Paulista. O ponto mais alto da cidade é o Morro Pelado, com 867 metros de altitude (o terceiro mais alto da Grande São Paulo), porém, a cidade é, em média a mais alta da região metropolitana, devido á carência de áreas planas.
Hidrografia
A cidade tem como característica hidrográfica especial não ser cortada por nenhum curso d'água proveniente de outro município, visto que, devido a altitude elevada, todos os cursos d´água que cortam o território de Mauá, nascem na cidade. No município nasce o Rio Tamanduateí, o terceiro maior afluente do Rio Tietê na Grande São Paulo e ainda o Rio do Oratório e os rios Pinheirinho e Guaió. Os cursos d´água mais importantes em trecho urbano são o Córrego Taboão, o Córrego Corumbé e o Córrego Capitão João (sob o qual está a Praça XXII de Novembro). Devido á ocupação desordenada das várzeas, muitos trechos antes alagadiços que funcionavam como absorvedores do excesso de água das chuvas foram aterrados e a cidade tem vários pontos sob forte risco de enchentes. A situação foi amenizada com a construção de quatro piscinões pelo governo do Estado em parceria com a Prefeitura entre os anos de 1998 e 2002. Um no Parque do Paço para o Córrego Taboão, um no Jardim Zaíra para o Córrego Corumbé, um no Jardim Sônia Maria para o Rio Oratório e um no Bairro Capuava, para o próprio Rio Tamanduateí (este último é o maior da América Latina), porém, devido á falta de manutenção, o excesso de lixo e assoreamento os piscinões não conseguem conter com eficiência total o risco de enchentes.
Além da ocupação desordenada, a falta de redes de esgoto e de tratamento de resíduos faz com que os cursos d´água urbanos da cidade estejam completamente poluídos.
Vegetação
A cidade, devido á grande variação de altitude possui um vasto espectro de paisagens naturais, embora grande parte tenha sido transformada pela ocupação humana. As encostas dos morros eram originalmente ocupadas por uma exuberante vegetação de Mata Atlântica, embora, já misturada com espécies do Planalto Paulista e com araucárias típicas do clima de altitude. Na cidade, as áreas de mata Atlântica mais preservadas são as áreas de mananciais, o Tanque da Paulista, o Parque Ecológico Santa Luzia e as encostas do Guaraciaba. As várzeas eram de modo geral cobertas por juncos e taboas, plantas típicas de áreas alagadiças e pantanosas. Atualmente, apenas o Córrego Taboão possui vegetação original em ambiente urbano, mas, deverá perder boa parte dela, devido as obras de retificação para a ligação com o Rodoanel. Os vales dos rios Guaió e Pinheirinho na região de Cappburgo estão ainda com essa vegetação, apesar da crescente favelização local. Os picos dos morros, principalmente os mais elevados eram cobertos por gramíneas e vegetações ralas, atualmente, o maior representante é o Morro Pelado, que leva esse nome pela vegetação muito baixa que o cobre.
Com isso, surgiram novos nomes que buscam a liderança da direita na cidade, mas, devido a rachas seu rumo passou a ser ainda mais incerto. Em 1996, 2000 e 2004 os petistas obtiveram vitórias apertadas, mas, em 2008 venceram com facilidade. Após a quarta derrota consecutiva, a direita viu muitos aliados passarem a apoiar o modelo petista de governo (PSDC, PP e PR, passaram a integrar o governo de Oswaldo Dias). Agora, buscam um nome forte capaz de unir todas as correntes e formular uma nova proposta política para a cidade.
A deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) conta com a vitrine de ter conquistado a reeleição mesmo sem o apoio do governo municipal e militando em uma legenda que apoiava a candidata do PT á Presidência da República Dilma Rousseff, mas, carrega consigo a alta taxa de reprovação dos dois governos do seu pai. Átila Jacomussi (PV), apesar de assim como Vanessa ter um sobrenome tradicional na cidade, terá que assumir o controle de seu próprio partido, derrubando a hipótese do prefeito de Ribeirão Pires Clóvis Volpi mudar seu domicílio eleitoral novamente para Mauá e disputar a Prefeitura. Chiquinho do Zaíra (PTdoB), que embora tenha sido derrotado em sua segunda tentativa de chegar ao Paço, perdendo o apoio do PSDC e do PHS ainda no primeiro turno, demonstrou resistência e sofreu uma derrota menos dura que o esperado. A candidatura mal sucedida para a Câmara Federal pelo PMN em 2010 tornou seu peso político incerto.
Os três terão que realizar uma ampla negociação com outra lideranças secundárias se quiserem obter êxito na difícil tarefa de liderar a oposição. Cincinato Freire (PSDC), Paulo Bio (PMDB) representarão o fio da balança no jogo de bastidores para formar uma aliança que reorganize a direita na cidade.
Wagner Rubinelli (PPS) ex-deputado federal que ainda é uma alternativa de esquerda no município, pode se aproximar ao PT, seu antigo partido, sobretudo depois que fracassou na sua tentativa de retornar a Câmara Municipal em 2008. Diniz Lopes (PR) será uma peça chave tanto para o PT quanto para a direita. Ele foi prefeito interino da cidade durante o imbróglio em obteve mais de 22% dos votos na última eleição. Foi a maior votação de um candidato que tentou lançar uma terceira via na história da cidade. Em 1996, Cincinato Freire (ainda pelo PR), obteve pouco mais de 14%. Paulo Bio, pelo PMDB em 2000 obteve pouco mais de 11%. Chiquinho do Zaíra pelo PSB em 2004, ficou com pouco mais de 10%. Diniz, perdeu muitos aliados quando deixou o PSDB para apoiar o PT no segundo turno das eleições de 2008, e, embora atualmente faça parte do governo petista (como superintendente da SAMA -autarquia de saneamento básico da cidade), o fato de não ter conseguido se eleger deputado estadual nas tentativas de 2006 e 2010 tornaram seu peso político incerto.
Atualmente a cidade tem dois deputados estaduais: Vanessa Damo (PMDB) e Donisete Braga (PT). Enquanto a peemedebista (mais jovem deputada estadual de SP), faz parte da base de sustentação do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) na Assembleia Legislativa paulista, o petista Donisete Braga faz parte da bancada de oposição.
O histórico de deputados federais cidade é composto por José Carlos Grecco que se elegeu em 1988 e Wagner Rubinelli eleito em 2002, estes os únicos representantes de Mauá na Câmara dos Deputados. Já o histórico de deputados estaduais é composto por Leonel Damo eleito em 1990, Clóvis Volpi eleito em 1994, Donisete Braga eleito em 2002, 2006 e 2010 e Vanessa Damo eleita em 2006 e 2010.
Ennio Brancalion - 1 de janeiro de 1955 a 31 de dezembro de 1958
Élio Bernardi - 1 de janeiro de 1959 a 3 de setembro de 1962
Amélio Zuliani - 4 de setembro de 1962 a 31 de dezembro de 1962
Edgard Grecco - 1 de janeiro de 1963 a 17 de setembro de 1965
José M. Lacava - 18 de setembro de 1965 a 31 de dezembro de 1966
Élio Bernardi - 1 de janeiro de 1967 a 31 de janeiro de 1970
Américo Perrella - 1 de fevereiro de 1970 a 31 de janeiro de 1973
Amaury Fioravanti - 1 de fevereiro de 1973 a 31 de janeiro de 1977
Dorival Resende - 1 de fevereiro de 1977 a 31 de janeiro de 1983
Leonel Damo - 1 de fevereiro de 1983 a 31 de dezembro de 1988
Amaury Fioravanti - 1 de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992
José Carlos Grecco - 1 de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996
Oswaldo Dias - 1 de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000
Oswaldo Dias - 1 de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2004
Diniz Lopes dos Santos (interino) - 1 de janeiro de 2005 a 6 de dezembro de 2005
Leonel Damo - 7 de dezembro de 2005 a 31 de dezembro de 2008
Oswaldo Dias - 1 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012
Donisete Braga - 1 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2016
Alberto “Betão” Pereira Justino (PT do B)
Pastor Altino Moreira (PRB)
Atila Jacomussi (PPS)
"Batoré” (PP)
Professor Betinho (PSDC)
Dr. Cincinato Freire (PDT)
Dario Coelho (PT) -suplente de Paulo Suares(PT)
Edgard Grecco (PMDB)
Edimar da Reciclagem (PSDB)
Ivan (PSB)
Luiz Alfredo Simão (PSB)
Manoel Lopes (DEM)
Marcelo Oliveira (PT)
Irmão Ozelito (PTB)
Rogério Santana (PT)- atual presidente da Câmara
Rômulo Fernandes (PT)
Silvar Silva Silveira (PV)
Município de Mauá/SP "Capital da Porcelana" |
Aniversário | 8 de dezembro |
Fundação | 08/12/1954 (60 anos) |
Gentílico | Mauaense |
Lema | "Quem ama cuida" |
Prefeito | Donisete Pereira Braga (PT) (2013–2016) |
Região Metropolitana | São Paulo |
Municípios Limítrofes | Norte: São Paulo;Nordeste: Ferraz de Vasconcelos; Sudeste: Ribeirão Pires e Oeste: Santo André. |
Distância da Capital | 26Km |
Área | 62,293 km² |
População | 417.281 hab. (SP: 11º) |
Densidade | 6.698,68 hab./km² |
Altitude | 818 |
Clima | Subtropical |
Fuso Horário | UTC -3 |
Localização |
Bandeira |
Brasão |
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