DATA DA PUBLICAÇÃO 07/03/2008 | Cultura
Terror à espanhola em "o orfanato"
Embora menos prestigiados do que o Oscar, diversos países possuem as versões locais de prêmios que costumam ser comparados aos da Academia de Hollywood. A França tem o César, a Inglaterra, o Bafta, e a Espanha, o Goya. Este ano, havia um grande favorito no Goya. Foi também o grande perdedor. O Orfanato, de Juan Antonio Bayona, que estréia hoje no Grande ABC e em São Paulo, concorria em 14 categorias.
Ganhou a de diretor estreante e mais uma ou outra técnica, mas perdeu a de melhor filme e, principalmente, aquela para a qual era favorito absoluto – a de melhor atriz, para Belén Rueda.
O terror à espanhola é um gênero que vem ganhando espaço, por meio de filmes de diretores talentosos como Alejandro Amenábar, Alex de La Iglesia e, agora, Bayona, protegido de Guillermo Del Toro, que assina a produção.
O mexicano Del Toro já vinha se exercitando há tempos no cinema de sustos, mas logrou seu maior sucesso, de público e crítica, com O Labirinto do Fauno, que lhe deu cacife para virar também produtor.
Anterior ao Labirinto, ele fez A Espinha do Diabo, que guarda certa aproximação, senão semelhança, com O Orfanato.
Em ambos existem crianças, fantasmas e casas lúgubres. Em A Espinha do Diabo, é esse casarão isolado para onde são enviados filhos de combatentes na Guerra Civil da Espanha. Em O Orfanato, é a velha mansão, que antes abrigava órfãos e que agora está sendo restaurada por Belén Rueda e seu marido músico.
O casal possui um filho, e o menino é adotado. Ele desaparece misteriosamente, a polícia intervém. Simultaneamente à busca, começam a ocorrer estranhas manifestações na casa, que levam à intervenção de uma sensitiva e de um parapsicólogo.
A todas essas, as portas já se fecharam, estranhas figuras começam a rondar a família e surgem os fantasmas dessas crianças que foram mortas no passado.
Tudo isso pode ser real ou simplesmente alucinação de uma mãe desesperada. É ela a alma de O Orfanato, porque o objetivo do diretor Bayona é menos assustar do que lançar o espectador nos meandros psicológicos dessa mulher que vai passar por uma dura provação ao descobrir o que realmente ocorreu.
Bayona trabalha nos detalhes, usa o poder de sugestão, mas não se furta a filmar os fantasmas. O quadro é sugestivo e coerente com os dois filmes de Guillermo Del Toro. Mas o espectador atrás de emoções fortes não vai encontrar nenhuma cena como aquela dos mortos dentro do armário em Os Outros, de Amenábar. É bom não desanimar por isso.
Sempre haverá, para o público, em O Orfanato – maior êxito de bilheteria do cinema espanhol em quase uma década – o prazer da interpretação matizada de Belén Rueda, mesmo que ela não tenha recebido o Goya.
Ganhou a de diretor estreante e mais uma ou outra técnica, mas perdeu a de melhor filme e, principalmente, aquela para a qual era favorito absoluto – a de melhor atriz, para Belén Rueda.
O terror à espanhola é um gênero que vem ganhando espaço, por meio de filmes de diretores talentosos como Alejandro Amenábar, Alex de La Iglesia e, agora, Bayona, protegido de Guillermo Del Toro, que assina a produção.
O mexicano Del Toro já vinha se exercitando há tempos no cinema de sustos, mas logrou seu maior sucesso, de público e crítica, com O Labirinto do Fauno, que lhe deu cacife para virar também produtor.
Anterior ao Labirinto, ele fez A Espinha do Diabo, que guarda certa aproximação, senão semelhança, com O Orfanato.
Em ambos existem crianças, fantasmas e casas lúgubres. Em A Espinha do Diabo, é esse casarão isolado para onde são enviados filhos de combatentes na Guerra Civil da Espanha. Em O Orfanato, é a velha mansão, que antes abrigava órfãos e que agora está sendo restaurada por Belén Rueda e seu marido músico.
O casal possui um filho, e o menino é adotado. Ele desaparece misteriosamente, a polícia intervém. Simultaneamente à busca, começam a ocorrer estranhas manifestações na casa, que levam à intervenção de uma sensitiva e de um parapsicólogo.
A todas essas, as portas já se fecharam, estranhas figuras começam a rondar a família e surgem os fantasmas dessas crianças que foram mortas no passado.
Tudo isso pode ser real ou simplesmente alucinação de uma mãe desesperada. É ela a alma de O Orfanato, porque o objetivo do diretor Bayona é menos assustar do que lançar o espectador nos meandros psicológicos dessa mulher que vai passar por uma dura provação ao descobrir o que realmente ocorreu.
Bayona trabalha nos detalhes, usa o poder de sugestão, mas não se furta a filmar os fantasmas. O quadro é sugestivo e coerente com os dois filmes de Guillermo Del Toro. Mas o espectador atrás de emoções fortes não vai encontrar nenhuma cena como aquela dos mortos dentro do armário em Os Outros, de Amenábar. É bom não desanimar por isso.
Sempre haverá, para o público, em O Orfanato – maior êxito de bilheteria do cinema espanhol em quase uma década – o prazer da interpretação matizada de Belén Rueda, mesmo que ela não tenha recebido o Goya.
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