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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/12/2008 | Cultura
São Bernardo ganha museu
Depois de um ano e meio de reformas no prédio onde antes funcionava o Fórum, o Masb (Museu de Arte de São Bernardo) abre nesta quarta-feira as portas ao público. Além de adequados para abrigar e exibir as cerca de 1.100 obras de arte da Pinacoteca da cidade, os 2.600 m² do prédio se prestam como um importante ponto cultural do Grande ABC. Além de duas salas expositivas, o museu abriga a Biblioteca de Artes e as salas de oficinas que antes ficavam localizadas no Espaço Henfil, no bairro Baeta Neves. O Masb também tem um auditório com 130 lugares que pode ser utilizado para apresentações teatrais e exibições de audiovisual.

Três exposições marcam a abertura. Paisagens Brasileiras reúne na maior sala telas de diversas regiões que exploram diferentes técnicas e períodos, acumuladas durante os recém-completados 28 anos da Pinacoteca.

O curador do Masb, Fábio Amsterdam, escolheu esse tema justamente por seu aspecto abrangente. "Dividi em paisagens marinhas, campestres e urbanas, além de suas transições. Dessa maneira consegui fazer uma coletiva maior", explica.

No mesmo espaço, uma homenagem ao pintor Omar Pellegatta (1925-2002) é a única exceção de paisagens nativas e exibe olhares sobre pontos de Treviso, na Itália, e da capital portuguesa. A intenção é que o salão abrigue novas exposições do acervo quatro vezes por ano.

A sala menor receberá amostras da produção local. "A idéia é que sempre destaquemos os artistas da região", diz Amsterdam. Para essa primeira curadoria, foram selecionadas apenas telas e esculturas - as obras que têm como suporte o papel devem ser exibidas em outro momento. Entre os artistas representados estão Ricardo Amadasi e Adelio Sarro. Enquanto não são iniciadas as oficinas de 2009, a ala das oficinas ficará ocupada pela coleção do Museu de Arte do Trabalho de São Paulo, com curadoria de Emanuel von Lauenstein Massarani e Ricardo Amadeo.

Masb - Abertura. Nesta quarta-feira, às 19h30. Rua Kara, s/nº. Funcionamento: 2ª a sáb., das 9h a 18h. Entrada franca.

Museu de São Bernardo segue tendência atual

Com a transferência de algumas atividades do Espaço Henfil de Cultura para o Masb (Museu de Arte de São Bernardo), o novo centro cultural ganhará programação dinâmica, tanto para as exposições quanto para demais opções culturais.

As oficinas de artes plásticas ganharam seis salas no primeiro piso do Museu. "As linguagens mais procuradas são fotografia, gravura, desenho, pintura e cerâmica. Teremos ainda uma sala coringa que deve ser base de outros cursos específicos", diz o curador do museu, Fábio Amsterdam.

Com um grande corredor também pensado para abrigar exposições, a ala das oficinas deve ser um programa interessante também a quem não freqüenta as aulas. "A idéia é que os professores exponham obras de referência e que, ao final do curso, os alunos mostrem seus trabalhos e tudo o que foi aprendido", conta.

A Biblioteca de Artes tem cerca de 4 mil títulos que, além de artes plásticas, explora diversas vertentes artísticas, como cinema e teatro. Com a mudança para o Masb, o acervo foi acrescido de 220 volumes de livros de arte voltados para crianças. A biblioteca também tem uma sala multiuso. "Temos coleções diversas, como a de recortes de jornal que acompanham os artistas da região ao longo dos 18 anos de atividade da biblioteca", diz encarregada de serviço Silvana Delgadinho.

Grupo de artistas questiona curadoria

Em 28 anos de atividades, completados no último 26 de novembro, a Pinacoteca de São Bernardo acumulou um acervo que abrange obras de cerca de 450 artistas, sendo que aproximadamente 150 deles são originários do Grande ABC ou desenvolveram grande parte de sua produção em uma das sete cidades.

Nesse acervo, nomes importantes do cenário nacional como Aldemir Martins, Waldomiro de Deus, Caribé, Claudio Tozzi, Maria Bonomi e Luís Sacilotto, entre outros.

Alguns desses não figuram em nenhuma das exposições de abertura do Masb (Museu de Arte de São Bernardo), fato que indignou o fundador da Pinacoteca, João Delijaicov Filho, o ‘João dos Quadros'', que se aposentou e deixou o cargo de curador da instituição em setembro de 2007.

"Deram espaço para obras de fora e deixaram muita coisa importante ausente nessa primeira etapa", diz o ex-curador, a respeito da coleção do Museu de Arte do Trabalho. Apesar de aposentado, Delijaicov continuou colaborando no projeto do museu e só se afastou efetivamente em agosto deste ano.

O ex-curador e outros integrantes do GAP (Grupo de Amigos da Pinacoteca) procuraram o Diário anteontem para expor o descontentamento com as primeiras exposições. "Acredito que não foi levada em consideração a memória da cidade. Ficou arranhada", diz o mestre-litógrafo Roberto Gyarfi. No encontro estiveram ainda o escultor Ricardo Amadasi, o artista plástico Henrique Hammler e Marisa Segatto.

O curador do Masb, Fábio Amsterdam, afirma que o critério de escolha das obras para as primeiras exposições levou em consideração o diálogo e o suporte.

"O Sacilotto não entrou dessa vez porque suas obras são em papel. E priorizamos as obras em telas", exemplificou Amsterdam.

Por Ângela Corrêa - Diário do Grande ABC
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