DATA DA PUBLICAÇÃO 08/09/2016 | Economia
Mercedes encerra PDV e demite 370
Foto: André Henriques/DGABC
A Mercedes-Benz encerrou ontem seu PDV (Programa de Demissão Voluntária), após postergar por três vezes o prazo final para adesão. O saldo foi de 1.047 trabalhadores que optaram por se desligar da fábrica da montadora em São Bernardo e receber em troca, além das verbas rescisórias, valor adicional de R$ 100 mil, independentemente do tempo de casa e da função que exercia.
A meta da companhia era de recrutar 1.400 profissionais. Sendo assim, faltariam 353. A Mercedes então informou que “devido à necessidade de reduzir o seu quadro de pessoal, a empresa confirma o encerramento do contrato de trabalho de cerca de 370 colaboradores que estavam em licença remunerada desde fevereiro deste ano, por falta de atividade de trabalho”.
Desde sexta-feira, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, quando venceu o primeiro adiamento do prazo para inscrição ao PDV (com a adesão de 980 pessoas), que terminava originalmente em 31 de agosto, a montadora alemã estava enviando telegramas a cerca de 500 funcionários anunciando que estavam demitidos, como forma de pressionar para participação de volume maior de colaboradores. Esses profissionais, no entanto, mesmo tendo recebido a convocação para o desligamento, poderiam aderir ao programa. Após negociar com a entidade na terça-feira, o RH (Recursos Humanos) da empresa ficou aberto ontem, feriado nacional da Independência do Brasil, até o meio-dia, a fim de conseguir mais inscrições, mas o volume, que era de 1.028, ganhou 19 empregados.
A Mercedes, que reconheceu excedente de 2.500 trabalhadores em julho, teve a adesão de 638 deles em PDV aberto naquele mês. Ainda havia, portanto, 1.862 colaboradores ociosos, conforme a montadora. Como o montante de adeptos ao plano atual foi de 1.047 pessoas, ou 56,2% do total, sobram 815 colaboradores. Ao demitir 370, o total de empregados sem ocupação na planta são-bernardense cai para 445.
Procurado, o sindicato informou que tem reunião de negociação hoje com a montadora, e o objetivo é reverter esses cortes involuntários.
PRÓXIMOS PASSOS
A Mercedes disse que cerca de 300 operários que estavam em licença remunerada serão chamados de volta ao trabalho, em razão de adesão interna ao PDV. Questionada sobre quantos funcionários ainda estão afastados, a empresa não precisou. Quanto ao lay-off (suspensão temporária de contrato de trabalho) para o excedente que ainda persiste, disse que isso acontecerá mais para frente.
De acordo com dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as vendas de caminhões da companhia, de janeiro a agosto, caíram 23,7% frente ao mesmo período de 2015. As de ônibus recuaram 24,7% no acumulado do ano. No mês passado, a empresa enviou comunicado informando que este é um dos piores momentos de sua história, e que isso se deu por conta da forte crise econômica e da retração no comércio de veículos comerciais.
“Considerando o atingimento da redução necessária, a Mercedes confirma o compromisso acordado em conceder estabilidade no emprego até dezembro de 2017 para os seus colaboradores na planta de São Bernardo”, assinalou.
A meta da companhia era de recrutar 1.400 profissionais. Sendo assim, faltariam 353. A Mercedes então informou que “devido à necessidade de reduzir o seu quadro de pessoal, a empresa confirma o encerramento do contrato de trabalho de cerca de 370 colaboradores que estavam em licença remunerada desde fevereiro deste ano, por falta de atividade de trabalho”.
Desde sexta-feira, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, quando venceu o primeiro adiamento do prazo para inscrição ao PDV (com a adesão de 980 pessoas), que terminava originalmente em 31 de agosto, a montadora alemã estava enviando telegramas a cerca de 500 funcionários anunciando que estavam demitidos, como forma de pressionar para participação de volume maior de colaboradores. Esses profissionais, no entanto, mesmo tendo recebido a convocação para o desligamento, poderiam aderir ao programa. Após negociar com a entidade na terça-feira, o RH (Recursos Humanos) da empresa ficou aberto ontem, feriado nacional da Independência do Brasil, até o meio-dia, a fim de conseguir mais inscrições, mas o volume, que era de 1.028, ganhou 19 empregados.
A Mercedes, que reconheceu excedente de 2.500 trabalhadores em julho, teve a adesão de 638 deles em PDV aberto naquele mês. Ainda havia, portanto, 1.862 colaboradores ociosos, conforme a montadora. Como o montante de adeptos ao plano atual foi de 1.047 pessoas, ou 56,2% do total, sobram 815 colaboradores. Ao demitir 370, o total de empregados sem ocupação na planta são-bernardense cai para 445.
Procurado, o sindicato informou que tem reunião de negociação hoje com a montadora, e o objetivo é reverter esses cortes involuntários.
PRÓXIMOS PASSOS
A Mercedes disse que cerca de 300 operários que estavam em licença remunerada serão chamados de volta ao trabalho, em razão de adesão interna ao PDV. Questionada sobre quantos funcionários ainda estão afastados, a empresa não precisou. Quanto ao lay-off (suspensão temporária de contrato de trabalho) para o excedente que ainda persiste, disse que isso acontecerá mais para frente.
De acordo com dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as vendas de caminhões da companhia, de janeiro a agosto, caíram 23,7% frente ao mesmo período de 2015. As de ônibus recuaram 24,7% no acumulado do ano. No mês passado, a empresa enviou comunicado informando que este é um dos piores momentos de sua história, e que isso se deu por conta da forte crise econômica e da retração no comércio de veículos comerciais.
“Considerando o atingimento da redução necessária, a Mercedes confirma o compromisso acordado em conceder estabilidade no emprego até dezembro de 2017 para os seus colaboradores na planta de São Bernardo”, assinalou.
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