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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/01/2015 | Setecidades
Alckmin confirma racionamento; no ABCD são quase 90 bairros
Alckmin confirma racionamento; no ABCD são quase 90 bairros Após eleições, governador confirma rodízio de água. Foto: Andris Bovo
Após eleições, governador confirma rodízio de água. Foto: Andris Bovo
No ABCD, 88 bairros de S. Bernardo, Diadema, Ribeirão e Rio Grande passam pela redução de pressão

Em menos de 24 horas o governador Geraldo Alckmin (PSDB) teve de desmentir afirmações e assumir que o racionamento é uma realidade em todas as cidades do ABCD e da Grande São Paulo. Na terça-feira (13/01), o Tribunal de Justiça derrubou a sobretaxa para quem gastar mais água em São Paulo, imposta pelo governador. Com isso, nesta quarta-feira (14), em ato público, Alckmin assumiu o racionamento e, na mesma manhã, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) divulgou lista com bairros onde a pressão da água é reduzida nos fins de tarde – o que também causa problemas no abastecimento das residências. Para a Justiça, antes de aplicar multa nos consumidores (que poderia chegar a 100% da conta de água), o governo do Estado deve publicar decreto confirmando a aplicação do racionamento. Ainda conforme a liminar expedida pelo TJ, a publicação é prevista no Artigo 46 da Lei Federal 11.445 de 2007. A crise hídrica se tornou mais latente em meados de março de 2014, quando o governador iniciou a fase de discursos em que abolia qualquer possibilidade de racionamento no Estado. Na noite desta quarta-feira, contudo, o governo conseguiu manobra na Justiça para aplicar a tarifação.

Em seu site oficial, a companhia estadual publicou lista com todos os municípios onde a redução é praticada. A listagem obedece à deliberação da Arsesp (Agência Reguladora de Água e Energia) que obrigou o governo de Geraldo Alckmin a divulgar a técnica que era mantida sob sigilo desde o início da seca.

Região - No ABCD, conforme a Sabesp, residências de 88 bairros de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra passam pela redução de pressão. Contudo, a situação regional é ainda pior, uma vez que a administração de Alckmin não divulga informações sobre municípios que possuem autarquias como Semasa (Serviço de Saneamento Ambiental de Santo André), DAE (Departamento de Água e Esgoto de São Caetano) e Sama (Saneamento de Mauá). Essas cidades recebem água da Sabesp, mas a distribuição é feita pelas autarquias. Contudo, desde o início de 2014 a gestão Alckmin reduziu o envio de água para esses municípios, prejudicando o fornecimento. Mauá foi a primeira cidade da Região a ser empurrada para o racionamento efetivo. Parte dos bairros mais elevados fica sem água por vários dias ou é atendida por caminhões pipa. A administração da cidade teve de intervir junto à Sabesp em dezembro passado para evitar colapso no fornecimento nos fins de semana.

Em São Caetano, a Prefeitura solicitou ao Estado a mudança do sistema de abastecimento. A água enviada pela Sabesp aos são-caetanenses vem do Sistema Cantareira – atualmente com 6,3% do segundo volume morto. A intenção da gestão municipal era ser atendida pelo Sistema Rio Grande que, com as chuvas atuais, chegou 69,8% da capacidade. O governo do Estado negou a alteração. A redução de pressão não afeta a cidade e também Santo André.

Baixa pressão pode contaminar água em rede encanada
Conforme o diretor de Saneamento e Meio Ambiente do Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo), Roberto Alves Silveira, o Gaúcho, ao reduzir a pressão da água enviada nos encanamentos, a Sabesp aumenta a possibilidade de contaminação da rede. Além disso, o diretor criticou as medidas adotadas até o momento pelo governo de Geraldo Alckmin para conter a crise hídrica.

“Não é só a estiagem que provocou a falta d’água. Foram também 24 anos de governo PSDB sem investimento nos sistemas de abastecimento”, acrescentou o dirigente. Como trabalhador na área de saneamento, Gaúcho atuou na extinta autarquia de Diadema, a Saned, além de conhecer a bacia do Rio Grande, no braço da represa Billings. “Os reservatórios estão se esgotando e restam o Guarapiranga e o Rio Grande com capacidades medianas. Porém, o volume do Rio Grande serve para abastecer apenas as cidades do ABCD. Não suporta enviar água para São Paulo”, salientou. Para ele, a situação das cidades da Grande São Paulo pode passar por quadro pior caso o governo não recue e inicie projetos de recuperação dos mananciais.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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