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Um comércio é lacrado a cada dois dias no Grande ABC
DATA DA PUBLICAÇÃO 28/04/2017 | Setecidades
Transporte da região para em dia de manifestações
Transporte da região para em dia de manifestações Foto: Caroline Garcia/DGABC
Foto: Caroline Garcia/DGABC
Atualizado às 9h54

O Grande ABC amanheceu sem transporte público nesta sexta-feira, dia de greve geral organizada pelas centrais sindicais de todo o País contra as reformas da Previdência e trabalhistas propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB). A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) iniciou a paralisação meia-noite, deixando de atender cerca de 190 mil usuários da Linhas 10 – Turquesa, que atende a região, e da Linha 7 – Rubi, da Capital. As linhas municipais e intermunicipais de ônibus também estão paradas.

Na estação Prefeito Celso Daniel, em Santo André, a movimentação está tranquila desde às 6h30, quase ninguém nas portas. Diferentemente de outras paralisações, que frequentemente acontecem no transporte e que pegam as pessoas de surpresa muitas vezes, nessa ocasião a população pouco apareceu nas estações. No local, há movimentação de protesto da UGT (União Geral dos Trabalhadores).

"Dei plantão em São Caetano e agora vou para outro hospital em Santo André. Quando sair, por volta das 17h, vou ter que caminhar duas horas até minha casa. Acho a greve é válida pois estão tirando o direito dos trabalhadores. Eu não posso parar porque trabalho com pacientes e não posso deixá-los na mão, mas quem pode deve parar", explica a auxiliar de Farmácia, Thaís Medeiros, 29 anos, moradora de Santo André.

Em Ribeirão Pires, funcionários da empresa de transporte público Viação Rigras, que atende a cidade, fecharam a garagem na Avenida Francisco Monteiro, por volta das 6h. O terminal Rodoviário da cidade está vazio e a estação de trem fechada.

Em Mauá, também não há movimento tendo a estação de trem com as portas fechadas e o terminal de ônibus sem operação.

Em São Caetano o clima deserto na estação de trem e nos pontos de ônibus é o mesmo. "A greve está muito bem organizada, sem piquetes e não tivemos que fazer nenhum tipo de conscientização, os trabalhadores aderiram devido à gravidade da situação das reformas”, afirma Manuelito Ribeiro da Paixão, Diretor do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, que representa as linhas 7 e 10.

Os sindicatos dos metroviários e ferroviários foram contra a liminar obtida na Justiça pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que determina o direito de locomoção aos cidadãos. Em caso de descumprimento, há multa de R$ 937 mil às entidades que aderirem aos atos.

Também há moradores da região que manifestaram suas posições contrárias às paralisações. "Acabei de trabalhar 12h por 36h e agora não tenho como ir embora. Moro no Itaim Paulista e não sei o que vou fazer. Quer fazer greve, faz. Mas mantém o efetivo mínimo de 30%. Como fica o trabalhador agora? A Dilma (Rousseff, ex-presidente da República) e o (Michel) Temer (atual presidente da República) ferraram o País e a gente quem paga agora. Por isso eu não voto", reclama o porteiro Denisvaldo Mota Loscano, 37.

Na Avenida Faria Lima, no Centro de São Bernardo, algumas pessoas aguardam no ponto de ônibus. Alguns esperam fretados da empresa, outros ficam na esperança de aparecer algum ônibus. Muitos chegaram no ponto as 6 h da manhã e segundo eles nenhum tipo de transporte passou até agora. "Estou tentando ir para o Sacomã desde as 6h40, vou esperar mais um pouco e voltar para casa. Já avisei o chefe que talvez eu não chegue. Não sei como vai ser meu dia, se será descontado ou vou ter que repor, mas eu não tenho como chegar, não tem o que fazer", lamenta a Domestica, Sandra Quirino da silva, 55.

Com colaboração de Orlando Filho.

Por Caroline Garcia - Diário OnLine
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