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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/12/2016 | Veículos
Fiat Mobi 1.0 3 cilindros: primeiras impressões
Fiat Mobi 1.0 3 cilindros: primeiras impressões Fiat Mobi Drive 1.0 3 cilindros (Foto: Divulgação)
Fiat Mobi Drive 1.0 3 cilindros (Foto: Divulgação)
Esperado motor chega “atrasado” e faz hatch evoluir em consumo.

Direção elétrica de série agrada, mas ergonomia causa desconforto.


Quando foi apresentado, em abril de 2016, o Fiat Mobi deixou uma questão no ar: por que não foi lançado com motor de 3 cilindros? Afinal, esse tipo de propulsor focado em economia de combustível, já tinha sido adotado por diversas montadoras concorrentes.

Mas a Fiat insistiu no “velho” Fire 1.0, de 4 cilindros. Só agora, 6 meses depois do lançamento, o Mobi aderiu à “onda” do 3 cilindros, só que apenas em uma versão das 7 oferecidas. Ela foi batizada de Drive e foi revelada no Salão do Automóvel de São Paulo.

Veja os preços da linha 2017 do Mobi:
Easy - R$ 32.380
Easy On - R$ 36.340
Like - R$ 38.470
Drive - R$ 39.870
Like On - R$ 42.930
Way - R$ 39.890
Way On - R$ 44.460

A Fiat projeta que as vendas do Mobi com motor de 3 cilindros sejam 20% do total. Assim, o Fire continuará predominante. Na linha 2017, ele passou por melhorias para ficar de 3% a 5% mais econômico no consumo de combustível, de acordo com a montadora.

3 cilindros diferente
Assim como acontece com os concorrentes, o foco principal do Mobi Drive é o baixo consumo. A Fiat, aliás, diz que é o motor 1.0 flex mais econômico do Brasil para carros aspirados e promete que a futura versão com câmbio Dualogic (automatizado) vai ser mais econômica até que o Volkswagen Up TSi com câmbio automatizado e motor turbo.

Ao contrário das outras montadoras, a montadora apostou em uma solução mais simples para seu motor de 3 cilindros. O Firefly tem apenas 2 válvulas por cilindro, enquanto os outros utilizam 4.

O G1 rodou com o Mobi Drive na região de Tuiuti e Bragança Paulista, no interior de São Paulo. O primeiro contato foi em uma pista de testes.

No exercício proposto pela montadora, o objetivo era ser o mais econômico possível e o Mobi Drive fez 26,1 km por litro (com gasolina), segundo o marcador do próprio painel do veículo.

Neste caso, foi adotada uma tocada pouco realista, com apenas leves toques no acelerador, longe do que é possível fazer em vias públicas.

Na segunda etapa, indo de Tuiuti a Bragança Paulista, o motor 3 cilindros foi exigido em situação normal, sem maneirar nas retomadas e subidas.

Foram 47,7 km de ida e volta, com um consumo de 15,8 km/l, com o carro sempre abastecido com gasolina, um valor bem mais próximo do que deve ocorrer em deslocamentos do dia a dia.

Em números divulgados pela montadora, a média de consumo com etanol é de 9,6 km/l (cidade) e 11,3 km/l (estrada). Com gasolina, o gasto fica em 13,7 km/l (cidade) e 16,1, km/l (estrada).

Agrada, mas não empolga
O visual do Mobi pode agradar alguns e ser totalmente massacrado por outros, mas não há uma dúvida sobre ser moderno e despojado. Essa ideia simplesmente na “casava” com o velho conhecido motor Fire 1.0.

Como 3 cilindros, isso mudou. Apesar de não empolgar, ele garante acelerações lineares e boa força em baixos giros e ficou mais bem adequado ao Mobi do que ao Uno, pelos quilinhos a menos. Os baixos níveis de vibração e ruído são notáveis.

Em pequeno trecho na cidade, o carro mostrou que está bem acertado para ser um veículo urbano, além de suas medidas diminutas ajudarem na hora de estacionar. Mas, à medida que o giro sobre, momento em que as válvulas a mais entrariam em ação nos modelos com 4 cilindros, seu comportamento fica opaco.

Já o câmbio não tem engates diretos, o que incomoda. Outro ponto que desagrada é a ergonomia, com assento desconfortável e nada anatômico. Por outro lado, a direção elétrica deixa o controle do carro muito leve. Quando o botão “City” está acionado, o volante fica bem macio, ajudando em manobras de baixa velocidade.

Nova central é o smartphone
O Mobi Drive traz de série direção elétrica e ar-condicionado, sistema que elimina o "tanquinho" para partidas a frio, chave-canivete, tela de LCD no painel de instrumentos, vidros elétricos nas portas dianteiras e trava elétrica.

Existem dois pacotes para o sistema de som que que incluem controles ao volante, sensor de estacionamento traseiro, faróis de neblina, alarme, retrovisor elétrico e repetidor de seta e rodas de liga leve.

Por R$ 4.500, o cliente recebe esses itens mais o Radio Connect, rádio com MP3 que existe no Uno (veja avaliação).

Mas a novidade fica pelo sistema Live On, no qual o smartphone do usuário “vira” a central multimídia. Ele foi mostrado logo no lançamento do Mobi, mas demorou a ser lançado.

Utilizando um aplicativo exclusivo, ele cria uma interface própria, que se parece com uma central multimídia, e permite que o usuário utilize aplicativos de seu smartphone, como Waze, Spotify e Deezer. Isso além das funções básicas de atendimento de chamadas telefônicas e reprodução de músicas do aparelho.

Fire perde espaço
Sem fazer alarde, a Fiat também atualizou o Fire 1.0 de 4 cilindros e, durante a apresentação do Firefly, reafirmou o compromisso de mantê-lo em linha. Mas, na prática, ele deve perder espaço para o novo 3 cilindros, principalmente pela economia que este traz.

Com a chegada da versão Dualogic do Drive em 2017, o motor 3 cilindros ganhará mais espaço dentro da linha e, quem sabe, mais opções de versões adotem esse propulsor.

Por Rafael Miotto - G1, em Tuiuiti (SP)
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