NOTÍCIA ANTERIOR
Câmara de Mauá admite acionar MP contra Alaíde
PRÓXIMA NOTÍCIA
Mauá realiza ações na Semana Nacional do Trânsito
DATA DA PUBLICAÇÃO 19/09/2018 | Cidade
Santa Casa de Mauá trata com sucesso caso de epidermólise bolhosa
Santa Casa de Mauá trata com sucesso caso de epidermólise bolhosa Os médicos Elimar Alves Socorro (segunda a partir da esquerda) e Sinvaldo Alves entre Janaina Nascimento (técnica), Natália Maciel Lombardi Conti (enfermeira), Viviane da Silva Lima (técnica), Andressa Lorrany (técnica) e Hellen Maria Sousa Araújo (técnica). Crédito: divulgação
Os médicos Elimar Alves Socorro (segunda a partir da esquerda) e Sinvaldo Alves entre Janaina Nascimento (técnica), Natália Maciel Lombardi Conti (enfermeira), Viviane da Silva Lima (técnica), Andressa Lorrany (técnica) e Hellen Maria Sousa Araújo (técnica). Crédito: divulgação
O tratamento movimentou toda a equipe de técnicos de Enfermagem e enfermeiros da UTI neonatal da Santa Casa de Mauá

Há cerca de cinco meses, a equipe médica do Hospital Santa Casa de Mauá viu-se diante de um problema raro. Uma mãe deu à luz uma bebê com Epidermólise Bolhosa, definida como uma das 30 doenças raras e sem cura, causada por um defeito genético da fixação da camada da epiderme na derme. Pele e mucosas ficam frágeis e formam bolhas com qualquer trauma leve e a doença afeta 1 a cada 50 mil pessoas nascidas.

Após o parto, houve uma movimentação intensa por parte da equipe médica e, hoje, a bebê já consegue levar uma vida quase que normal. Elimar Alves Socorro, pediatra e responsável pela UTI neonatal da Santa Casa de Mauá, explica que as pessoas que nascem com Epidermólise Bolhosa possuem uma deficiência no colágeno, que une as camadas da pele. As crianças são conhecidas como crianças-borboleta, pois a pele assemelha-se, pela fragilidade, às asas de uma borboleta.

Do ponto de vista clínico, as lesões da Epidermólise Bolhosa são comumente extensas e predominam em áreas de maior atrito, como nas extremidades. Estas lesões podem evoluir com cicatrizes, que podem levar a uma fusão dos dedos das mãos e dos pés e a retrações articulares. Isso expõe os pacientes a complicações infecciosas, principal causa de óbito nos primeiros anos de vida, complicações nutricionais e sistêmicas, sobretudo o desenvolvimento de tumores agressivos de pele, que constitui a primeira causa de óbito nos jovens e adultos.

O tratamento movimentou toda a equipe de técnicos de Enfermagem e enfermeiros da UTI neonatal da Santa Casa de Mauá, que se revezavam para realizar todos os cuidados necessários a fim de que não houvesse contaminação e infecção. Os curativos eram realizados pelos enfermeiros da equipe e os técnicos de Enfermagem ofereciam a dieta e faziam a higiene do bebê. Geralmente, a alimentação normal de um recém-nascido leva em média de 10 a 30 minutos. Já no caso da bebê- borboleta, o processo levava cerca de 60 a 90 minutos, já que recebia a dieta de maneira fracionada. “Houve uma união e dedicação tão grande de nossos profissionais, que resultou em sucesso total e a criança está evoluindo bem”, acrescenta a médica Elimar.

A Santa Casa de Mauá recebeu grande apoio da Associação de Apoio aos Portadores de Epidermólise Bolhosa do Estado de São Paulo, por meio da vice-presidente Patrícia Romeu. A entidade possui uma equipe multiprofissional formada por dermatologista, gastroenterologista, reumatopediatra, neuropediatra, neurocirurgião, infectologista e enfermeiros que prestam serviço voluntário aos pacientes.

Outro grande poio vem por parte da enfermeira estomaterapeuta Cristina Izabel da Silva, da empresa Vuelo Pharma, que produz a membrana de pele Membracel. “Assim que fui contatada pela Associação, estive no hospital e apresentei o nosso produto para equipe, além de treinar os profissionais sobre aplicação e retirada da membrana. Demos a retaguarda necessária durante os 60 dias em que a criança esteve internada em tratamento”, explica.

Membracel é uma membrana de celulose cristalina capaz de substituir temporariamente a pele. É um curativo biocompatível, inerte, isento de adesivos, atóxico, com textura extremamente fina e com alta resistência no estado úmido.

“O resultado que obtivemos com esta paciente retrata a qualidade dos nossos serviços e da equipe de profissionais que a Santa Casa de Mauá dispõe. Ainda não somos referência em Epidermólise Bolhosa no ABC, mas estamos dispostos e preparados para tal”, acrescenta o superintendente Harry Horst Walendy Filho.

Sobre a Santa Casa: em junho, a instituição médica completou 52 anos de fundação e até dezembro será inaugurada a primeira etapa do seu projeto de ampliação e revitalização. Nessa primeira fase, serão entregues o novo pronto-atendimento e 15 apartamentos e, no próximo ano, está prevista a finalização do hospital infantil com oito apartamentos.

Em 2020, será inaugurado o prédio de apoio com 10 andares que comportarão, entre outras instalações, um hospital de retaguarda com até 80 leitos, para abrigar pacientes da Rede pública (SUS), além do aumento do número de apartamentos, que chegará a 50. O Hospital passará dos atuais 6 mil metros quadrados para 15 mil metros quadrados de área de atendimento. As obras fazem parte do plano diretor para os próximos três anos e permitirão à Santa Casa de Mauá dobrar sua área física e triplicar a capacidade de atendimento.

Por MP & Rossi Comunicações - Redação
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Cidade
06/04/2020 | Atualização 06/04/2020 do avanço Coronavírus na região do ABC Paulista
03/02/2020 | Com um caso em Santo André, São Paulo monitora sete casos suspeitos de Coronavírus
25/09/2018 | TIM inaugura sua primeira loja em Mauá no modelo digital
As mais lidas de Cidade
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7690 dias no ar.