DATA DA PUBLICAÇÃO 11/08/2017 | Economia
Ford demite 364 por meio de telegrama
A Ford demitiu ontem, por telegrama, 364 trabalhadores que estavam afastados por meio de lay-off (suspensão do contrato de trabalho). O volume representa quase 10% dos 4.000 funcionários da montadora em São Bernardo.
Na correspondência à qual o Diário teve acesso, a companhia afirma: “Vários esforços e medidas foram adotados pela Ford nos dois últimos anos, para a administração do excesso de empregados na área de manufatura de São Bernardo, tais como férias coletivas, down days, PDV (Programa de Demissão Voluntária), PPE (Programa de Proteção ao Empregado) e TLO (Suspensão Temporária do Contrato de Trabalho) – ou lay-off. Mesmo com todas as ações destacadas acima, infelizmente a fábrica ainda permanece com excedente de mão de obra, e outras medidas tornam-se urgentes. Desta forma, comunicamos o término do TLO em 10/8/2017 (ontem), e a rescisão do seu contrato de trabalho sem justa causa em 11/8/2017 (hoje).”
A Ford confirma a informação e reitera o que foi explicado aos funcionários no telegrama. Procurado, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC avisa que hoje, às 6h, haverá assembleia em frente à portaria 18 – acesso pelo qual os operários demitidos foram orientados a entrar. De acordo com a entidade, a decisão unilateral da montadora não será aceita, e a orientação é que nenhum deles assine a rescisão.
Segundo o empregado que recebeu o telegrama e repassou aos colegas de trabalho, “a fábrica acabou de nos comunicar que, devido ao excedente interno e externo, tomou a decisão de demitir todos e todas que estão no lay-off, rompendo o diálogo com sindicato”.
CRISE - Para administrar a queda nas vendas, a Ford concedeu duas férias coletivas em curto espaço de tempo, em dezembro de 2016 – por 12 dias –, e em fevereiro – de 21 dias. À época, a fabricante era a segunda que mais possuía operários em lay-off na região: 710, sendo que 450 estavam afastados desde outubro de 2016 e, 260, desde janeiro – o que representava 18% da força de trabalho da unidade são-bernardense.
No início do ano, o sindicato considerava a situação da fábrica norte-americana a mais complexa de sua base de cinco montadoras, pois a empresa passava por crise na planta de automóveis, tanto que implementou modelo em que por dois dias os funcionários produziriam caminhões e, em um, carros.
Em entrevista ao Diário à época, o ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Rafael Marques criticou o fato de ser fabricado apenas um modelo de automóvel na região, o New Fiesta, que ainda tem preço de mercado elevado, apontou. Questionados sobre rumores de que a unidade pudesse fechar, no entanto, entidade e empresa negaram. “Isso não procede. A produção de caminhões está em recuperação e retomou o terceiro lugar”, disse Marques. “Nossa briga é para diminuir o valor do New Fiesta e trazer lançamento para a planta de São Bernardo, o New Fiesta Sedan.” Enquanto isso, em Camaçari (Bahia) o terceiro turno foi retomado neste ano devido às vendas crescentes do Ka.
De acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a venda de caminhões recuou 13,7% em todo o País no acumulado do ano até julho, e somou 25.984 unidades. A de automóveis, por outro lado, subiu 4,42%, para 999,4 mil carros.
Na correspondência à qual o Diário teve acesso, a companhia afirma: “Vários esforços e medidas foram adotados pela Ford nos dois últimos anos, para a administração do excesso de empregados na área de manufatura de São Bernardo, tais como férias coletivas, down days, PDV (Programa de Demissão Voluntária), PPE (Programa de Proteção ao Empregado) e TLO (Suspensão Temporária do Contrato de Trabalho) – ou lay-off. Mesmo com todas as ações destacadas acima, infelizmente a fábrica ainda permanece com excedente de mão de obra, e outras medidas tornam-se urgentes. Desta forma, comunicamos o término do TLO em 10/8/2017 (ontem), e a rescisão do seu contrato de trabalho sem justa causa em 11/8/2017 (hoje).”
A Ford confirma a informação e reitera o que foi explicado aos funcionários no telegrama. Procurado, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC avisa que hoje, às 6h, haverá assembleia em frente à portaria 18 – acesso pelo qual os operários demitidos foram orientados a entrar. De acordo com a entidade, a decisão unilateral da montadora não será aceita, e a orientação é que nenhum deles assine a rescisão.
Segundo o empregado que recebeu o telegrama e repassou aos colegas de trabalho, “a fábrica acabou de nos comunicar que, devido ao excedente interno e externo, tomou a decisão de demitir todos e todas que estão no lay-off, rompendo o diálogo com sindicato”.
CRISE - Para administrar a queda nas vendas, a Ford concedeu duas férias coletivas em curto espaço de tempo, em dezembro de 2016 – por 12 dias –, e em fevereiro – de 21 dias. À época, a fabricante era a segunda que mais possuía operários em lay-off na região: 710, sendo que 450 estavam afastados desde outubro de 2016 e, 260, desde janeiro – o que representava 18% da força de trabalho da unidade são-bernardense.
No início do ano, o sindicato considerava a situação da fábrica norte-americana a mais complexa de sua base de cinco montadoras, pois a empresa passava por crise na planta de automóveis, tanto que implementou modelo em que por dois dias os funcionários produziriam caminhões e, em um, carros.
Em entrevista ao Diário à época, o ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Rafael Marques criticou o fato de ser fabricado apenas um modelo de automóvel na região, o New Fiesta, que ainda tem preço de mercado elevado, apontou. Questionados sobre rumores de que a unidade pudesse fechar, no entanto, entidade e empresa negaram. “Isso não procede. A produção de caminhões está em recuperação e retomou o terceiro lugar”, disse Marques. “Nossa briga é para diminuir o valor do New Fiesta e trazer lançamento para a planta de São Bernardo, o New Fiesta Sedan.” Enquanto isso, em Camaçari (Bahia) o terceiro turno foi retomado neste ano devido às vendas crescentes do Ka.
De acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a venda de caminhões recuou 13,7% em todo o País no acumulado do ano até julho, e somou 25.984 unidades. A de automóveis, por outro lado, subiu 4,42%, para 999,4 mil carros.
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