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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/08/2018 | Cidade
Compradores ocupam apartamentos e usam ‘'gatos'’ em água e luz
Compradores ocupam apartamentos e usam ‘'gatos'’ em água e luz Condomínio em Mauá começou a ser construído em 2013; mutuários dizem ter recebido as chaves do movimento de moradia, que nega. Foto: André Henriques/DGAB
Condomínio em Mauá começou a ser construído em 2013; mutuários dizem ter recebido as chaves do movimento de moradia, que nega. Foto: André Henriques/DGAB
O que era para ser um alívio se tornou o pior dos pesadelos para boa parte dos compradores de apartamentos no Condomínio Altos de Mauá, no Jardim Feital, em Mauá. A construção do empreendimento teve início em meados de 2013, foi parcialmente entregue em junho do ano passado (520 unidades) e, há dois meses, mutuários ocuparam a maioria dos 320 apartamentos remanescentes, que deveriam ter sido entregues até o início de janeiro, mas ainda não contam com ligações de água e esgoto.

Moradores afirmam que as chaves foram entregues pelo MSTU (Movimento dos Sem-Terra Urbano). O vereador Severino do MTSU (Pros), dirigente do movimento de moradia em Mauá, disse que “tem algo de errado” nessa história, pois os condomínios 5 e 6 ainda não foram entregues. “O movimento não entregou. Está programado para a Caixa entregar quando ligar luz e água. Há 30 dias, algumas pessoas pediram para colocar alguns móveis, apenas isso.” Ele disse ainda ter documentos assinados sobre o acordo de liberar para mudar, mas ninguém foi.

O condomínio é do programa Minha Casa, Minha Vida, fruto de parceria entre os governos federal, estadual, municipal e MSTU, presidido pelo vereador Severino. Mesmo com o atraso de três anos na entrega da primeira remessa de apartamentos, as residências têm problemas. Nas unidades ocupadas há dois meses, às pressas, a situação é ainda pior. Escorre água das paredes devido à infiltração da d’água nos blocos 5 e 6, não há medidores de água ou caixas de luz nos prédios, corredores são tomados por fiação irregular para levar energia de outros prédios para os blocos que não têm, assim como mangueiras para água.

Segundo o marmorista José Rodrigues, 54 anos, morador do bloco 1, as contas de água e luz chegam na porta dele todos os meses, mas os serviços não estão disponíveis. “Sou obrigado a pagar uma coisa que não tenho. Como pode isso?”, questionou. Além das contas de consumo, ele ainda paga R$ 70 pela garagem, mesmo sem ter carro. “É um absurdo atrás do outro, e se você não paga, eles vêm ameaçar de despejo”, contou sobre as constantes ameaças que moradores relatam ouvir da equipe do MSTU.

Quem mais sofre são os idosos e mães com crianças de colo, obrigados a descer e subir as escadas com baldes de água que buscam na portaria, único local dos blocos onde há o serviço. A dona de casa Idelni dos Santos, 67, mora no bloco 5 há dois meses, e relata a situação. “Completo descaso, os velhinhos escorregam tentando levar água. Tem gente que não tem nem o que comer dentro de casa, mas junta todo o dinheirinho para pagar esse absurdo de aumento que eles deram. Eu mesma vivo só com um salário mínimo, as pessoas que me ajudam”, contou.

Procurada, a Prefeitura não se posicionou sobre os problemas no condomínio.

Reclamações vão de aumento no condomínio a cheiro do esgoto

Uma das principais reclamações dos moradores é o aumento do condomínio, que foi de R$ 76 para aproximadamente R$ 134. A dona de casa Lilian dos Reis Vasconcelos Ferreira, 36 anos, disse que a alta não é condizente com a realidade de pessoas de baixa renda. “Além de aumentarem quase 150% do valor, cobram cerca de R$ 70 apenas pela vaga de garagem. Um absurdo”.

Segundo a dona de casa, no verso da conta do condomínio há o demonstrativo de receitas e despesas. “Tem bloco com R$ 20 mil de saldo, por que esse valor não é usado para melhorar o que está errado?”

Outro problema apontado por moradores é a falta de porteiro. Ivone de Souza Lira, 45, ajudante geral, disse que a empresa que cuidava da administração da portaria, segurança e zeladoria não fazia o trabalho direito e, após ser criticada, abandonou o serviço. “Já faz dias que nos revezamos para cuidar das seis portarias, pois não tem ninguém da empresa. E nem avisaram a gente que iam sair.”

Algumas contas de energia também são questionadas pelos proprietários. Uma moradora disse que chegou a pagar R$ 750 reais de luz.

O esgoto é outro problema, pois o cheiro dentro dos apartamentos é muito forte. Mas o que tira o sono dos compradores é que até agora não receberam o contrato do imóvel.

Por Bianca Barbosa - Especial para o Diário
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