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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/01/2018 | Setecidades
Campanha contra a febre amarela começa dia 25
Campanha contra a febre amarela começa dia 25 Período de vacinação fracionada foi antecipado pela segunda vez; meta é imunizar 2,3 mi na região. Foto: Celso Luiz/DGABC
Período de vacinação fracionada foi antecipado pela segunda vez; meta é imunizar 2,3 mi na região. Foto: Celso Luiz/DGABC
O início da campanha de vacinação contra a febre amarela foi antecipado pela segunda vez no Estado e agora está marcado para o dia 25. Com isso, o período de imunização com doses fracionadas contra o vírus passa a ser de 24 dias – até 17 de fevereiro. Entre as sete cidades, a meta é atender 2,3 milhões de moradores, número que corresponde a 84,7% da população total do Grande ABC.

Um dos fatores que contribuíram para a antecipação do calendário de vaciO início da campanha de vacinação contra a febre amarela foi antecipado pela segunda vez no Estado e agora está marcado para o dia 25. Com isso, o período de imunização com doses fracionadas contra o vírus passa a ser de 24 dias – até 17 de fevereiro. Entre as sete cidades, a meta é atender 2,3 milhões de moradores, número que corresponde a 84,7% da população total do Grande ABC.

Um dos fatores que contribuíram para a antecipação do calendário de vacinação é a alta procura pelas doses nas unidades de Saúde da região, inclusive com registros de confusão e necessidade de ação da GCM (Guarda Civil Municipal). Desesperados pela imunização, moradores chegam a acampar na porta das UBSs (Unidades Básicas de Saúde).

“É obrigação do homem público responder aos anseios da população. Não há a necessidade de se passar a noite na porta das unidades. A campanha vai atender a praticamente todos os moradores, mas as pessoas estão preocupadas e isso é compreensível”, destaca o secretário de Saúde de São Bernardo, Geraldo Reple Sobrinho.

Durante a campanha, todas as 130 UBSs da região em funcionamento funcionarão em horário normal – das 8h às 17h. No entanto, para que o atendimento não seja estendido, a partir das 16h, serão distribuídas senhas para que os trabalhos sejam encerrados até o fim do expediente. “A campanha é contínua durante 24 dias e teremos ainda dois ‘Dias D’, 3 e 17 de fevereiro. Em São Bernardo, dependendo da demanda, podemos abrir as unidades em mais um sábado”, observa Reple.

Em Santo André, será realizado, no dia 27, mutirão de vacinação para contemplar as pessoas que não podem procurar as unidades nos dias úteis.

A campanha nacional aplicará doses fracionadas da vacina contra a febre amarela (0,1 ml, ao invés dos 0,5 ml convencionais). As carteiras de vacinação terão selo especial para informar a diferença e os munícipes terão de repetir a ação após oito anos. Até então, a imunização era suficiente para toda a vida.

O secretário, entretanto, faz apelo aos doadores de sangue. Devido à impossibilidade de doação durante 30 dias após receber a vacina, é imprescindível que o ato ocorra antes da imunização. “Vamos vacinar praticamente toda a população e não podemos correr o risco de os estoques ficarem vazios por conta dessa impossibilidade.”

Outro alerta é para aqueles que têm viagem marcada para países que exigem a vacina contra a febre amarela. Essas pessoas precisam da dose convencional e, depois, do CIVP (Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia). Na região, apenas o Atende Fácil, de São Caetano, no Centro, emite o documento.

A doença pode ter vitimado fatalmente morador de Santo André, no domingo. Ele teria contraído o mal em viagem ao Mato Grosso do Sul. O resultado do exame que investiga o caso ainda não foi divulgado.

Para bióloga, surto da doença pode ter relação com a tragédia de Mariana

O aumento de casos suspeitos de febre amarela em Minas pode estar relacionado à tragédia de Mariana, em 2015, segundo a bióloga da Fiocruz Márcia Chame. A hipótese tem como ponto de partida a localização das cidades mineiras que identificaram até o momento casos de pacientes com sintomas da doença. Grande parte está na região próxima do Rio Doce, afetado pelo rompimento da Barragem de Fundão, em novembro de 2015.

“Mudanças bruscas no ambiente provocam impacto na saúde dos animais, incluindo macacos. Com o estresse de desastres, com a falta de alimentos, eles se tornam mais suscetíveis a doenças, incluindo a febre amarela”, afirmou a bióloga, que também coordena a Plataforma Institucional de Biodiversidade e Saúde Silvestre na Fiocruz. “Isso pode ser um dos motivos que contribuíram para os casos”, completa.

Na floresta, o vetor da febre amarela é o inseto Haemagogus. Ao picar um macaco contaminado, o mosquito recebe o vírus e, por sua vez, passa a transmiti-lo nas próximas picadas. Quando um homem sem estar vacinado entra nesse ambiente, ele também pode fazer parte do ciclo: transmitir ou ser infectado pela picada do mosquito. Essa corrente aumenta quando animais, por desequilíbrios ambientais, deixam seus ambientes e passam a viver em áreas mais próximas de povoados ou cidades.

“É obrigação do homem público responder aos anseios da população. Não há a necessidade de se passar a noite na porta das unidades. A campanha vai atender a praticamente todos os moradores, mas as pessoas estão preocupadas e isso é compreensível”, destaca o secretário de Saúde de São Bernardo, Geraldo Reple Sobrinho.

Durante a campanha, todas as 130 UBSs da região em funcionamento funcionarão em horário normal – das 8h às 17h. No entanto, para que o atendimento não seja estendido, a partir das 16h, serão distribuídas senhas para que os trabalhos sejam encerrados até o fim do expediente. “A campanha é contínua durante 24 dias e teremos ainda dois ‘Dias D’, 3 e 17 de fevereiro. Em São Bernardo, dependendo da demanda, podemos abrir as unidades em mais um sábado”, observa Reple.

Em Santo André, será realizado, no dia 27, mutirão de vacinação para contemplar as pessoas que não podem procurar as unidades nos dias úteis.

A campanha nacional aplicará doses fracionadas da vacina contra a febre amarela (0,1 ml, ao invés dos 0,5 ml convencionais). As carteiras de vacinação terão selo especial para informar a diferença e os munícipes terão de repetir a ação após oito anos. Até então, a imunização era suficiente para toda a vida.

O secretário, entretanto, faz apelo aos doadores de sangue. Devido à impossibilidade de doação durante 30 dias após receber a vacina, é imprescindível que o ato ocorra antes da imunização. “Vamos vacinar praticamente toda a população e não podemos correr o risco de os estoques ficarem vazios por conta dessa impossibilidade.”

Outro alerta é para aqueles que têm viagem marcada para países que exigem a vacina contra a febre amarela. Essas pessoas precisam da dose convencional e, depois, do CIVP (Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia). Na região, apenas o Atende Fácil, de São Caetano, no Centro, emite o documento.

A doença pode ter vitimado fatalmente morador de Santo André, no domingo. Ele teria contraído o mal em viagem ao Mato Grosso do Sul. O resultado do exame que investiga o caso ainda não foi divulgado.

Para bióloga, surto da doença pode ter relação com a tragédia de Mariana

O aumento de casos suspeitos de febre amarela em Minas pode estar relacionado à tragédia de Mariana, em 2015, segundo a bióloga da Fiocruz Márcia Chame. A hipótese tem como ponto de partida a localização das cidades mineiras que identificaram até o momento casos de pacientes com sintomas da doença. Grande parte está na região próxima do Rio Doce, afetado pelo rompimento da Barragem de Fundão, em novembro de 2015.

“Mudanças bruscas no ambiente provocam impacto na saúde dos animais, incluindo macacos. Com o estresse de desastres, com a falta de alimentos, eles se tornam mais suscetíveis a doenças, incluindo a febre amarela”, afirmou a bióloga, que também coordena a Plataforma Institucional de Biodiversidade e Saúde Silvestre na Fiocruz. “Isso pode ser um dos motivos que contribuíram para os casos”, completa.

Na floresta, o vetor da febre amarela é o inseto Haemagogus. Ao picar um macaco contaminado, o mosquito recebe o vírus e, por sua vez, passa a transmiti-lo nas próximas picadas. Quando um homem sem estar vacinado entra nesse ambiente, ele também pode fazer parte do ciclo: transmitir ou ser infectado pela picada do mosquito. Essa corrente aumenta quando animais, por desequilíbrios ambientais, deixam seus ambientes e passam a viver em áreas mais próximas de povoados ou cidades.

(com Estadão Conteúdo)

Por Natália Fernandjes - Diário do Grande ABC
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