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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/02/2018 | Setecidades
Após registro local de febre amarela, procura por vacina é intensificada
  Após registro local de febre amarela, procura por vacina é intensificada  Em S.Bernardo, 24,4 mil pessoas foram imunizadas ontem; adesão ainda está abaixo da expectativa. Foto:  André Henriques/DGABC
Em S.Bernardo, 24,4 mil pessoas foram imunizadas ontem; adesão ainda está abaixo da expectativa. Foto: André Henriques/DGABC
A confirmação de caso autóctone (contraído no município) de febre amarela em São Bernardo, na segunda-feira, acendeu o alerta na população, que voltou a procurar UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e escolas para se vacinar. Somente ontem, foram imunizadas 24.442 pessoas no município, mais que o dobro das 12 mil doses aplicadas um dia antes. Os índices de proteção ainda estão abaixo da meta diária de 35 mil moradores.

“Sábado e domingo (quando houve o ''''Dia D'''' de vacinação na região) ficamos praticamente sem fazer nada. Poucas pessoas vieram tomar a vacina. Mas deve ter batido mais de 1.000 vacinas hoje (ontem). Em nenhum outro dia teve esse movimento”, relatou funcionária da UBS Jardim Represa, ontem.

É, inclusive, neste bairro, próximo a região de mata, que trabalha o munícipe de 35 anos que contraiu a doença. Morador do Jardim Palermo, ele não havia tomado a vacina e tampouco viajado para áreas de risco nos últimos meses. O homem está internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital das Clínicas de São Paulo, na Capital.

A preocupação de quem reside ou trabalha nos dois bairros aumentou após o registro. “Não estava vendo necessidade de tomar com tanta urgência, mas vou correr atrás amanhã (hoje). Fiquei preocupado”, disse o estoquista Fabio da Silva, 42 anos, que trabalha no Jardim Palermo e mora no Riacho Grande.

Por medo de reações, o padeiro Francinaldo Tavares Lucena, 48, que vive no Jardim Represa, não havia tomado a vacina até segunda-feira, mas ao saber do caso, correu para a UBS. “Como tem dez dias para a vacina fazer efeito, vou passando repelente”, disse.

Ontem, agentes de Saúde realizaram vacinação de moradores das regiões próximas aos dois possíveis locais de contaminação, porta a porta. Na atividade, 139 pessoas foram vacinadas, e a ação terá continuidade hoje. No Jardim Represa, cinco quarteirões do bairro passarão por nebulização (aplicação de inseticida), também hoje.

O Ministério da Saúde ressaltou que não há registro confirmado de febre amarela urbana no País, erradicada em 1942 e cujo vetor da doença é o mosquito Aedes aegypti. “Todos os casos de febre amarela registrados no Brasil desde 1942 são silvestres, ou seja, a doença foi transmitida por vetores que existem em ambientes de mata (mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes). O caso em São Bernardo está sendo investigado por equipe da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. Deve ser observado que o paciente mora na região urbana, e possivelmente trabalha na área rural”, salientou a Pasta.

Especialistas observam a importância da imunização. “Com o avanço da vacinação, as chances de transmissão ficam cada vez menores”, frisa o biólogo do Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) Horácio Teles.

O infectologista do Hospital e Maternidade Dr. Christóvão da Gama Munir Akar Ayub explica que a vacina tem eficácia próxima a 97%, e que efeitos colaterais leves, como febre e dor muscular, ocorrem em 7% dos vacinados e duram, no máximo, dois dias. “Efeitos colaterais graves e eventual óbito ocorrem em um caso para cada 500 mil/800 mil.”

Morador aposta em repelente caseiro; especialista alerta para riscos

O medo de insetos transmissores de doenças fez com que o aposentado Luiz Carlos Ferreira, 65 anos, morador do Jardim Represa, em São Bernardo, aderisse a repelente caseiro. Uma vez por mês, ele borrifa na casa que já foi sua e em breve receberá parentes próximos, combinado de água sanitária, cloro e soda cáustica líquida. A fórmula, no entanto, pode causar problemas de saúde, alertam especialistas.

Ferreira diz que faz uso de seu próprio produto desde o ano passado. “Antes de começar a folia da febre amarela eu já fazia isso”, conta ele, que não usa equipamento de segurança para realizar o processo.

NÚMEROS

Além do caso autóctone de febre amarela em São Bernardo, a região contabiliza três registros importados da doença. As ocorrências são de moradores de São Bernardo, Ribeirão Pires e Santo André, que viajaram a Mairiporã e Atibaia. Seis cidades vacinaram, desde o início da campanha, no dia 25, 631.540 pessoas (Rio Grande da Serra não respondeu).

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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