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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/08/2016 | Política
Petistas escanteiam Dilma na campanha
Petistas escanteiam Dilma na campanha Foto: Ricardo Trida/DGABC
Foto: Ricardo Trida/DGABC
O staff das candidaturas do PT às prefeituras do Grande ABC tem escanteado a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) da campanha majoritária. Devido ao clima de desgaste político no âmbito nacional, a presença da petista, que corre sérios risco de perder definitivamente o mandato até o fim deste mês, não é requisitada para participação no processo eleitoral. Apesar da defesa feita pelos correligionários, nos bastidores a queda da presidente daria discurso para os postulantes ao Paço. Isso porque a instabilidade do País, atrelada à imagem de Dilma, tinha como saldo impopularidade e rejeição aos governos aliados.

Não houve até agora, conforme consulta junto às coordenações, solicitação formal para que Dilma viesse em atividade eleitoral na região, bem como não existe menção da presidente em materiais gráficos – o que acontecia em grande escala no pleito anterior. No páreo de 2012, em situação confortável então no primeiro mandato, Dilma não fez questão de desembarcar em nenhuma das sete cidades, berço político do petismo. A aposta da alta cúpula petista é que possível mau desempenho de Michel Temer (PMDB) no Planalto resulte em fôlego para retorno do partido ao posto, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder em pesquisas de intenções de voto.

Na eleição de 2014, Dilma compareceu a uma agenda na região. Ela venceu em somente dois municípios: Diadema e Rio Grande da Serra. O deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT), coordenador da campanha de Tarcisio Secoli (PT), de São Bernardo, sustentou que “não há essa discussão no momento, primeiro porque a presidente enfrentará outra situação pela frente”, referindo-se ao processo de impeachment, que tende a ser julgado entre os dias 30 e 31. “O que está em disputa em São Bernardo é projeto pela continuidade do progresso instituído pelo prefeito (Luiz) Marinho”, disse.

Coordenador da campanha do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), o deputado estadual Luiz Turco (PT) afirmou que o diretório nacional petista luta para “salvar o mandato” – Dilma está afastada desde maio. “Vamos aguardar o resultado de todo esse impasse. A princípio, a recuperação (do cargo) é prioritária”, pontuou. O próprio chefe do Executivo andreense minimizou a questão ao frisar que “adesões externas” não têm a mesma importância no projeto de reeleição. “Para eleger (a primeira vez), foram fundamentais os apoios, mas agora cabe a mim a tarefa. O que está em julgamento é a avaliação do governo. Estamos contando conosco, com nossa força”, citou Grana.

Apoio de Temer é esperado por peemedebistas na região

Os representantes das campanhas majoritárias do PMDB na região admitem buscar o apoio presencial e da imagem do presidente interino Michel Temer (PMDB) para a eleição de outubro, assegurando que a tática será fundamental para o aumento dos triunfos nas urnas, no comparativo com 2012, quando venceram em São Caetano, com Paulo Pinheiro, e em Ribeirão Pires, com Saulo Benevides.

Para este processo eleitoral, a sigla vai liderar cinco projetos ao Paço. Além das empreitadas de reeleição de Pinheiro e de Saulo, encabeça candidatura em Santo André (Rafael Daniel), São Bernardo (Tunico Vieira) e Rio Grande da Serra (Edvaldo Guerra). Emplacou ainda a indicação de vice em Diadema – Cida Ferreira fez dobrada com Vaguinho do Conselho (PRB) –, e em Mauá – José Carlos Orosco Júnior foi oficializado na chapa do deputado estadual Atila Jacomussi (PSB).

A tática contraria movimento de petistas, que, desta vez, vão repelir apoio da presidente afastada Dilma Rousseff – a exceção é a adesão do ex-presidente Lula. O único contido foi Tunico, que externou que sua vontade é contar com suporte do ex-candidato a governador da sigla e presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB). “O presidente (Temer) é o meu líder político e amigo. Não se pode pedir aos amigos o que não se pode ganhar no momento”, disse o peemedebista.

Já para os demais líderes da legenda na região, a imagem de Temer junto à sociedade tem se consolidado positivamente desde o afastamento de Dilma Rousseff, ocorrido em maio. Embora tenham admitido que dificilmente verão a presença física do líder peemedebista na campanha, os candidatos consideram que a conclusão do processo de impeachment, cujo julgamento deve ocorrer até o dia 31, no Senado, deverá fortalecer ainda mais os projetos políticos do PMDB.

“É um motivo de orgulho ter o presidente no mesmo partido e nos apoiando. Sempre foi próximo e interessado. Vamos pedir agenda com ele”, salientou Pinheiro. “Acho difícil ele vir, mas como temos muitas obras do governo federal, pode ser (que ele desembarque)”, citou Saulo. “Se ele tiver essa possibilidade será muito bom para nós. Os municípios precisam de parceria com a União para avançar”, frisou Orosco. O pensamento foi compartilhado por Rafael Daniel. “A população que estava contra o Temer já está sentindo melhora aos poucos. A economia é um fator (de otimismo com a gestão)”, defendeu. “O presidente é um homem inteligente, sensato e vai saber indicar o caminho para o País. Vamos vencer esta eleição e aproveitar a relação partidária para pleitear recursos para Diadema”, disse Cida Ferreira.

Por Fabio Martins e Leandro Baldini - Diário do Grande ABC
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